O poema abaixo foi escrito em meados de 2004, eu me encontrava então com dezessete anos bem conturbados. A inspiração veio de um caso cuja protagonista se mantinha fria e distante, meio indiferente e na manhã do ultimo dia escolar ela se permitiu e chorou quando nos abraçamos. No fim eu vim para São Paulo onde, recentemente a encontrei. Ficamos apenas falando amenidades. Em relação aos versos, foi mais uma das minhas tentativas toscas de brincar com as palavras. Os sentimentos eram sinceros mesmo, mas parece que foi um desafio, eu queria escrever um poema que mantivesse apenas duas casas de rima do começo ao fim justamente para que desce a sensação de compasso. O resultado dessa construção é vinte e seis linhas se alternando em final “ia” e “ava” até o final...tônica do passado. No fim das contas ele é bem bobinho, digno dos 17 anos de qualquer um de nós, mas tenho um carinho enorme por ele, pois no fundo não houve esforço para faze-lo, foi fluido e isso me causou à época um misto de alegria e satisfação. Vejam o que acham.
Certeza
Ao te abraçar naquela manhã fria,
descobri a verdade que você negava;
Junto ao teu corpo, meu coração mais forte batia,
junto ao meu corpo, teu coração saltava.
Naquele momento, do teu aroma eu bebia,
e tua pele me esquentava.
Viramos um só ser, uma só energia,
unidos por uma paixão que nos calava.
O tempo e o mundo; e a vida não mais existia,
a verdade agora se revelava.
A força do nosso abraço a tudo podia;
A força do nosso sonho a tudo arrematava;
Dentro do meu peito um calor ardia
a cada segundo que passava.
E a lágrima que dos teus olhos corria,
no meu coração desaguava.
Nesse momento, nessa invasão, nessa magia,
meu pobre mundo se acalentava.
A incerteza cessou, acabou a agonia;
A tua lágrima me curava,
Este liquido ... a poção que nos engolia,
e a flor da comunhão alimentava.
Nosso universo agora nascia,
e em nós dois se concretizava.
Tu não conseguiste negar o que sentia,
e eu não consegui negar que te amava.
(04/12/2004)
Certeza
Ao te abraçar naquela manhã fria,
descobri a verdade que você negava;
Junto ao teu corpo, meu coração mais forte batia,
junto ao meu corpo, teu coração saltava.
Naquele momento, do teu aroma eu bebia,
e tua pele me esquentava.
Viramos um só ser, uma só energia,
unidos por uma paixão que nos calava.
O tempo e o mundo; e a vida não mais existia,
a verdade agora se revelava.
A força do nosso abraço a tudo podia;
A força do nosso sonho a tudo arrematava;
Dentro do meu peito um calor ardia
a cada segundo que passava.
E a lágrima que dos teus olhos corria,
no meu coração desaguava.
Nesse momento, nessa invasão, nessa magia,
meu pobre mundo se acalentava.
A incerteza cessou, acabou a agonia;
A tua lágrima me curava,
Este liquido ... a poção que nos engolia,
e a flor da comunhão alimentava.
Nosso universo agora nascia,
e em nós dois se concretizava.
Tu não conseguiste negar o que sentia,
e eu não consegui negar que te amava.
(04/12/2004)
3 comentários:
Não consigo te ver neste poema.
Não me vejo hoje, mas me vejo aquele ano. Cada coisa no seu tempo...rs sou eu, era eu, serei eu.
Você era jovem demais para viver tão intensamente este amor que você nos mostrou ter vivido.
Bonito poema! Simples! Intenso! Verdadeiro!
Gostoso de se ler... Gostoso de saber como você se sentiu...
Feliz da menina que um dia recebeu este seu abraço e o seu amor.
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