Cada vez que recruto minhas loucuras, viagens e anseios com a experiência de qualquer coisa que não tenho, extraio disso uma destilação surreal. Escrevendo, sublimo essa coisa pelo ralo. A vagar por bueiros, ela encontra todo tipo de destilados da cidade, dos santos aos psicopatas. A amálgama humana se mistura, formando o mais intenso e real do pensamento e vai à superfície buscar as narinas dos transeuntes, mas são retidas pelas tampas dos bueiros que friamente censuram o regresso das idéias.
Bueiros paulistanos inspiram vozes destiladas..
17 de outubro de 2011
Tabacaria
Postado por
Vitor Machado
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2 comentários:
Este é o poema Tabacaria de Alvaro de Campos o poeta mais descrente da alma de Fernando Pessoa. Já o tinha lido a alguns anos, mas não me atentei. Por estes dias o redescobri. É simplesmente uma das melhores coisas que li.
Viva!!
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