Bueiros paulistanos inspiram vozes destiladas..

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26 de março de 2012

Soneto do soneto antigo

Esbaldei meus versos enquanto pude.
Durante anos de minha curta estrada.
Palavras de amor que não eram nada;
delírios tolos da juventude

Pobre rima em ré entoada;
escondida atrás de um canto rude,
mas repleta de sede e atitude.
Transformou o acaso em coisa amada.

Hoje, quando aqueles versos revisito
vejo chama revestida de desejo
e mais astúcia do que hoje fito.

E, se o passado chegasse num lampejo,
desejaria que este verso aqui escrito
fosse mais inflamado do que hoje vejo.

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