Encontrei este poema perdido num caderno....rs Acredito que deva ser do final de 2006.
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Foi-se, esvai-se o mundo.....de sons
Sons paralelos aliados a mudos palpitares
PULSAR.....PULSAR.....PULSAR
Não se Perguntam por que, apenas pulsam.
A noite engole os pensamentos em breus
.... vejo ela nos olhos teus.
Negros, vis e tristes olhos de ternura.
O rosto que te envolve não é mais o mesmo...
O mesmo irradiante
O mesmo encantador e orquestrador rosto de estrelas..
Apagou-se, foi-se.
Sinto o quase-toque de suas mãos sobre as minhas
E...
No calor do corpo antes de repousar na superfície da pele abrem-se espasmos cintilantes
Os nossos olhos fecharam-se
Len-ta-men-te
Até o derradeiro encontro de almas, de nuvens, de corpos
Não somos nós!!! Somos a própria noite....o breu....o escuro e a paixão.
Somos o tudo..... e tudo se esvai.
Cada vez que recruto minhas loucuras, viagens e anseios com a experiência de qualquer coisa que não tenho, extraio disso uma destilação surreal. Escrevendo, sublimo essa coisa pelo ralo. A vagar por bueiros, ela encontra todo tipo de destilados da cidade, dos santos aos psicopatas. A amálgama humana se mistura, formando o mais intenso e real do pensamento e vai à superfície buscar as narinas dos transeuntes, mas são retidas pelas tampas dos bueiros que friamente censuram o regresso das idéias.
Bueiros paulistanos inspiram vozes destiladas..
4 de fevereiro de 2009
Palpitar em breus
Postado por
Vitor Machado
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Um comentário:
Gostei muito Vitão!!!
Poesia pura, latente e pungente...
Beijokas,
Joyce
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